Resumen:
Se há um sentimento atualmente compartilhado, é o da crise de nosso tempo. Assim Claude Lefort inicia o ensaio “O imaginário da crise”. Conforme a literatura examinada pelo autor, a experiência atual de viver em crise tem sua origem estreitamente enlaçada ao conjunto de mudanças que culminou nas formas de dominação burguesa instituídas no século XVIII. Em outras palavras, a crise como noção de instabilidade, desordem e iniqüidade permanente instalou-se já na aurora da modernidade. É, nesse sentido, um elemento permanente e intrínseco à própria condição da modernidade que apresenta, de tempos em tempos, movimentos bruscos de agravamento.