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https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/276890| Título : | Papéis que Assombram: a vida dos documentos em dois arquivos em São Paulo Haunting papers: the life of documents in two archives in São Paulo Papéis que assombram: a vida dos documentos em dois arquivos em São Paulo |
| Palabras clave : | archive;documents;memory;agency;ethnography;arquivo;documentos;memória;agência;etnografia |
| Editorial : | Centro de Investigaciones de la Facultad de Filosofía y Humanidades |
| Descripción : | Este ensaio compara duas experiências etnográficas em arquivos: o Museu Penitenciário Paulista (MPP) e o Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), com o objetivo de refletir sobre os efeitos materiais, institucionais e políticos que moldam o acesso aos documentos. A partir da perspectiva de que os arquivos não são espaços neutros, mas lugares onde se produzem e se organizam saberes e poderes, o trabalho discute a agência dos documentos enquanto operadores que ordenam condutas e subjetividades. Inspirado por autores como Bruno Latour e Achille Mbembe, o ensaio trata os documentos não apenas como fontes, mas como agentes que participam da fabricação do real e da construção do que se torna arquivável.
No MPP, observa-se a vitalidade residual dos documentos em um espaço musealizado, onde a fricção entre as materialidades do cárcere e as práticas curatoriais evidencia tensões entre conservação e esquecimento. Já no APESP, a burocracia do acesso e a materialidade precária dos prontuários revelam como a organização e a temporalidade do arquivo estatal moldam o que pode ser lido, pesquisado ou ignorado. Assim, o ensaio defende uma abordagem atenta à agência dos documentos como forma de compreender suas potências e restrições políticas no presente. This essay compares two ethnographic experiences in archives: the Museu Penitenciário Paulista (MPP) and the Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), aiming to reflect on the material, institutional, and political effects that shape access to documents. From the perspective that archives are not neutral spaces but places where knowledge and power are produced and organized, the essay discusses the agency of documents as operators that order conduct and subjectivities. Inspired by authors such as Bruno Latour and Achille Mbembe, the work treats documents not merely as sources but as agents participating in the fabrication of reality and the construction of what becomes archivable. At the MPP, one observes the residual vitality of documents within a musealized space, where the friction between the materialities of imprisonment and curatorial practices highlights tensions between preservation and forgetting. At the APESP, the bureaucracy of access and the precarious materiality of the files reveal how the organization and temporality of the state archive shape what can be read, researched, or ignored. Thus, the essay advocates for an approach attentive to the agency of documents as a way to understand their political potentials and constraints in the present. Este ensaio compara duas experiências etnográficas em arquivos: o Museu Penitenciário Paulista (MPP) e o Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), com o objetivo de refletir sobre os efeitos materiais, institucionais e políticos que moldam o acesso aos documentos. A partir da perspectiva de que os arquivos não são espaços neutros, mas lugares onde se produzem e se organizam saberes e poderes, o trabalho discute a agência dos documentos enquanto operadores que ordenam condutas e subjetividades. Inspirado por autores como Bruno Latour e Achille Mbembe, o ensaio trata os documentos não apenas como fontes, mas como agentes que participam da fabricação do real e da construção do que se torna arquivável. No MPP, observa-se a vitalidade residual dos documentos em um espaço musealizado, onde a fricção entre as materialidades do cárcere e as práticas curatoriais evidencia tensões entre conservação e esquecimento. Já no APESP, a burocracia do acesso e a materialidade precária dos prontuários revelam como a organização e a temporalidade do arquivo estatal moldam o que pode ser lido, pesquisado ou ignorado. Assim, o ensaio defende uma abordagem atenta à agência dos documentos como forma de compreender suas potências e restrições políticas no presente. |
| URI : | https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/276890 |
| Otros identificadores : | https://revistas.unc.edu.ar/index.php/etcetera/article/view/49432 10.64713/etc.n16.2025.49432 |
| Aparece en las colecciones: | Centro de Investigaciones - CIFFyH/UNC - Cosecha |
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