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Título : Representações sociais de relações de gênero de professoras/es da educação infantil
Autor : MAIA, Lícia de Souza Leão
http://lattes.cnpq.br/2815201025577128
http://lattes.cnpq.br/5352327267743842
Palabras clave : Educação infantil;Representações sociais;Relações de gênero;UFPE - Pós-graduação
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Descripción : Historicamente, aprendemos a ser, sentir e estar no mundo a partir de um modelo educacional que reforçou a educação de natureza biologizante, que privilegiou as diferenças sexuais, causando as desigualdades que mantêm, até hoje, a sociedade heteropatriarcal. Para refletir sobre como nos tornamos “mulheres” e “homens”, desenvolvemos esta pesquisa com o objetivo de identificar as representações sociais de relações de gênero, analisando as possíveis relações entre as RS e as práticas docentes das/os professoras/es de modo a compreender como são construídas as relações de gênero na Educação Infantil. Desse modo, foram imprescindíveis os estudos pós-coloniais e descoloniais e a teoria das representações sociais. Assim, fundamentamos esta pesquisa em Haraway (1995), Rago (1998), Sardenberg (2002), e Santos (1989, 2002, 2009, 2010) para tratar da Ciência como um campo de conhecimento que produz modos de ver o mundo e as pessoas; Sarti (2004) e Pinto (2003) para abordar os movimentos de mulheres e feministas e sua importância para a transformação das relações; Louro (1997, 2000, 2008), Oyěwùmí (2000, 2004), Cunha (2011, 2014, 2017); Saffioti (2004), Piscitelli (2009) para discorrer sobre a construção do conceito de gênero, destacando as contribuições para as epistemologias feministas e para a educação; Moscovici (1978, 2003, 2013), Jodelet (2001), Gilly (2002), Arruda (2002a) para aprofundar sobre as representações sociais e a aplicação dessa Teoria no processo investigativo e na educação; Finco (2017), Kramer (2006), Souza (2012) para discutir a prática docente na Educação Infantil e seus preceitos legais. Na metodologia, utilizamos a Teoria das Representações Sociais, especificamente a abordagem processual e/ou cultural de Denise Jodelet, que enfoca os aspectos histórico e cultural como importantes para a compreensão da dimensão simbólica da RS. A análise dos dados foi baseada na técnica de Análise de Conteúdo. (BARDIN, 1977). A pesquisa de campo foi dividida em duas etapas. Na I Etapa, foi realizada um questionário e uma entrevista com 13 professoras/es em sete Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs vinculados à SEMEC, em Teresina/Piauí para identificação das representações sociais de relações de gênero. Na II Etapa, fizemos a observação sistemática da prática docente de quatro professoras/es de quatro Centros Municipais de Educação Infantil para identificar as possíveis relações entre as representações sociais de relações de gênero e a prática docente. Conclui-se que as representações sociais que as/os professoras/es da EI têm sobre as relações de gênero são coerentes com um modo de pensar, sentir e agir que está relacionado com a identidade sexual, construída a partir das características biológicas. Estas representações estão ancoradas nos conhecimentos construídos pelo heteropatriarcado, objetivando-se no cotidiano e no discurso das/os professoras/es por meio de suas práticas, tanto individuais, quanto coletivas. Tais representações são constituídas de saberes sobre as relações de gênero aprendidas na convivência familiar sob a influência da comunicação que ocorre através da mídia e da religião. Percebeu-se que as/os participantes ensinam para meninas e meninos da EI conhecimentos baseados em uma educação sexista, no entanto apresentam aspectos voltados ao respeito à pluralidade e às diversidades existentes nesse espaço. Constatamos que os conteúdos teóricos e práticos sobre as relações de gênero são reproduzidos a partir do ensinamento de comportamentos, atitudes e valores, e também, reproduzem-se por meio dos conteúdos específicos das várias Ciências, mas sobretudo, através do lúdico, da arte, da música e da literatura.
CAPES
FACEPE
Historically, we learn to be, to feel and to live in the world from an educational model that reinforced education of a biologizing nature, which privileged sexual differences, causing the inequalities that have maintained, until today, heteropatriarchal society. To reflect on how we have become "women" and "men", we have developed this research with the objective of identifying the social representations of gender relations, analyzing the possible relations between Social Representations and the teaching practices of the teachers in order to understand how gender relations are built in Early Childhood Education. In this way, postcolonial and decolonial studies and the theory of social representations were indispensable. Thus, we base this research on Haraway (1995), Rago (1998), Sardenberg (2002), and Santos (1989, 2002, 2009, 2010) to treat science as a field of knowledge that produces ways of seeing the world and people; Sarti (2004) and Pinto (2003) to address women's and feminist movements and their importance for the transformation of relationships; Louro (1997, 2000, 2008), Oyěwùmí (2000, 2004), Cunha (2011, 2014, 2017); Saffioti (2004), Piscitelli (2009) to discuss the construction of the concept of gender, highlighting the contributions to feminist epistemologies and education; Moscovici (1978, 2003, 2013), Jodelet (2001), Gilly (2002) and Arruda in order to study the social representations and the application of this Theory in the investigative process and in education; Finco (2017), Kramer (2006), Souza (2012) to discuss teaching practice in Early Childhood Education and its legal precepts. In the methodology, we use the Theory of Social Representations, specifically the procedural and / or cultural approach of Denise Jodelet, which focuses on historical and cultural aspects as important for understanding the symbolic dimension of SR. Data analysis was based on the Content Analysis technique. (BARDIN, 1977). Field research was divided into two stages. In the first stage, a questionnaire and an interview with 13 teachers were carried out in seven Municipal Centers for Early Childhood Education (CMEIs), linked to SEMEC, in Teresina / Piauí, to identify the social representations of gender relations. In Step II, we systematically observed the teaching practice of 4 teachers from four Municipal Early Childhood Centers to identify the possible relationships between the social representations of gender relations and the teaching practice. It is concluded that the social representations that the Children's School's teachers have about gender relations is coherent with a way of thinking, feeling and acting that is related to the sexual identity, built from the biological characteristics. These representations are anchored in the knowledge constructed by the heteropatriarchy, objectifying themselves in the daily life and the discourse of the teachers through their practices, both individual and collective. Such representations are constituted of knowledge about the gender relations learned in the familiar coexistence under the influence of the communication that occurs through the media and the religion. It was noticed that the participants teach to Children's School's girls and boys knowledge based on a sexist education, however, they present aspects aimed at respecting the plurality and diversities that exist in this space. We find that the theoretical and practical contents on gender relations are reproduced from the teaching of behaviors, attitudes and values, and also reproduces through the specific contents of the various Sciences, but above all, through playing, art, music and literature.
Históricamente, aprendemos a ser, sentir y estar en el mundo a partir de un modelo educacional que ha reforzado la educación de naturaleza biologizante, que privilegió las diferencias sexuales, causando las desigualdades que mantienen, hasta hoy, la sociedad héteropatriarcal. Para reflexionar sobre cómo nos tornamos “mujeres” y “hombres”, desarrollamos esta investigación con el objetivo de identificar las representaciones sociales de relaciones de género, analizando las posibles relaciones entre las RS y las prácticas docentes de las/los profesoras/es de modo a comprender como son construidas las relaciones de género en la Educación Infantil. De este modo, fueron imprescindibles los estudios pos-coloniales y descoloniales y la teoría de las representaciones sociales. Así, fundamentamos esta investigación en Haraway (1995), Rago (1998), Sardenberg (2002), y Santos (1989, 2002, 2009, 2010) para tratar de la Ciencia como un campo de conocimiento que produce modos de ver el mundo y las personas; Sarti (2004) y Pinto (2003) para abordar los movimientos de mujeres e feministas y su importancia para la transformación de las relaciones; Louro (1997, 2000, 2008), Oyěwùmí (2000, 2004), Cunha (2011, 2014, 2017); Saffioti (2004), Piscitelli (2009) para discurrir sobre la construcción del concepto de género, destacando las contribuciones para las epistemologías feministas y para la educación; Moscovici (1978, 2003, 2013), Jodelet (2001), Gilly (2002), Arruda (2002a) para profundizar sobre las representaciones sociales y la aplicación de esta Teoría en el proceso investigativo y en la educación; Finco (2017), Kramer (2006), Souza (2012) para discutir la práctica docente en la Educación Infantil y sus preceptos legales. En la metodología, utilizamos la Teoría de las Representaciones Sociales, específicamente el abordaje procesual y/o cultural de Denise Jodelet, que enfoca los aspectos histórico y cultural como importantes para la comprensión de la dimensión simbólica de la RS. El análisis de los datos fue basado en la técnica de Análisis de Contenido. (BARDIN, 1977). La investigación de campo fue dividida en dos etapas. En la I Etapa, fue realizado un cuestionario y una entrevista con 13 profesoras/es en siete Centros Municipales de Educación Infantil - CMEIs vinculados a SEMEC, en Teresina/Piauí para identificación de las representaciones sociales de relaciones de género. En la II Etapa, hicimos la observación sistemática de la práctica docente de cuatro profesoras/es de cuatro Centros Municipales de Educación Infantil para identificar las posibles relaciones entre las representaciones sociales de relaciones de género y la práctica docente. Se concluye que las representaciones sociales que las/los profesoras/es de EI tienen acerca las relaciones de género son coherentes con un modo de pensar, sentir y actuar que está relacionado con la identidad sexual, construida a partir de las características biológicas. Estas representaciones están ancoradas en los conocimientos construidos por el héteropatriarcado, objetivándose en el cotidiano y en el discurso de las/los profesoras/es por medio de sus prácticas, tanto individuales, cuanto colectivas. Tales representaciones son constituidas de saberes sobre las relaciones de género aprendidas en la convivencia familiar bajo la influencia de la comunicación que ocurre a través de la media y de la religión. Se percibió que las/los participantes enseñan para niñas y niños de EI conocimientos basados en una educación sexista, sin embargo presentan aspectos vueltos al respeto a la pluralidad y a las diversidades existentes en este espacio. Constatamos que los contenidos teóricos y prácticos sobre las relaciones de género son reproducidos a partir del enseñamiento de comportamientos, actitudes y valores, y también, se reproducen por medio de los contenidos específicos de las varias Ciencias, pero sobretodo, a través del lúdico, del arte, de la música y de la literatura.
URI : https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/245507
Otros identificadores : SANTOS, Ana Célia de Sousa. Representações sociais de relações de gênero de professoras/es da educação infantil. 2019.Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35258
Aparece en las colecciones: Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFPE - Cosecha

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