From the gender and intersectionality analytical categories, the article proposes to understand, collecting female stories in the first person, both inequalities and transgressions experienced by rural women, of different generations, against the societal test of work (productive and reproductive), in a Context of agrorural transformations. Under a qualitative methodology -application and analysis of 44 individual and group interviews in depth- carried out in the Aconcagua Valley (mainly in the communes of Putaendo, but also in Santa María, San Felipe and San Esteban), we were able to unveil processes of female awareness and denaturalization of historical gender and class discriminations, up to now, that show inequalities rooted in the micro and macro social fields, and based on patriarchy embodied in subjects and institutions. The results show the coexistence of adult female discourses that reveal the liberation of traditional cultural precepts with processes of reproduction of interconnected injustices. We conclude that the present is a time of tension between changes and continuities, between emancipations and oppressions, which, with nuances, circulates in women of different generations, being one of the levers of the rupture of traditional precepts the search and exercise of autonomy Economic and symbolic development of women and girls.    Desde las categorías analíticas de género e interseccionalidad, el artículo propone comprender, recogiendo relatos femeninos en primera persona, tanto las desigualdades como las transgresiones que experimentan mujeres rurales, de diversas generaciones, frente a la prueba societal del trabajo (productivo y reproductivo), en un contexto de transformaciones agrorurales. Bajo una metodología cualitativa -aplicación y análisis de 44 entrevistas individuales y grupales en profundidad realizadas en el Valle de Aconcagua (principalmente en las comunas de Putaendo, pero también en Santa María, San Felipe y San Esteban)-, pudimos develar procesos de concientización femenina y desnaturalización de históricas discriminaciones de género y clase, presentes hasta ahora, que evidencian desigualdades con raigambre en los campos micro y macro social, y con base en el patriarcado, encarnado en sujetos e instituciones. Los resultados muestran la convivencia de discursos femeninos adultos que revelan liberación de preceptos culturales tradicionales con procesos aun de reproducción de injusticias interconectadas. Concluimos que el actual, es un tiempo de tensión entre cambios y continuidades, entre emancipaciones y opresiones, que, con matices, circula en mujeres de diversas generaciones, siendo una de las palancas de la ruptura de preceptos tradicionales, la búsqueda y ejercicio de la autonomía económica y simbólica de las mujeres y las niñas.Desde as categorias analíticas de gênero e intersetorialidade, o artigo propõe compreender, coletando narrações femininas em primeira pessoa, ambas as desigualdades e violações sofridas pelas mulheres rurais, de diferentes gerações, frente à prova social do trabalho (produtivo e reprodutivo), em um contexto de transformações agro-ruráis. Utilisando metodologia qualitativa, foram realizadas 44 entrevistas em profundidade a pessoas e grupos no Vale do Aconcagua, Chile (principalmente nas comunas de Putaendo, mas também em Santa Maria, San Felipe e San Esteban) - as que permitiram mostrar processos de conscientização feminina e distorção de discriminações históricas de gênero e classe, presente até hoje, que evidenciam as desigualdades enraizadas em áreas micro e macro sociais, fundamentadas no patriarcado encarnado em indivíduos e instituições. Os resultados mostram a coexistência de discursos femininos adultos que expressam liberação dos preceitos culturais tradicionais com processos de reprodução de injustiças interligadas. Conclui-se que o presente é um momento de tensão entre mudança e continuidade, entre emancipações e opressões que, com nuances, circula em mulheres de diferentes gerações, sendo uma das alavancas da quebra de preceitos tradicionais, pesquisa e exercício autonomia econômica e simbólica de mulheres e meninas.