Congada is a traditional Brazilian popular festival created by black slaves to resemble African royal processions. This cultural manifestation changed its original meanings due to the needs for representation and the resumption of the identity ties of a population kidnapped in their land and launched into compulsory work. Thus, this article proposes a discussion (of resistance) of the Congada participants and the constitution of their identity processes triggered based on the involvement in the party in the municipality of Lambari, state of Minas Gerais. For this purpose, this article based its analysis in the empirical material composed of semi-structured interviews with Congada players (“congadeiros”) and it examine these reports based on the poststructuralist theoretical contribution. Finally, this study concludes that the disputes between the “congadeiros” and the public power ended up strengthening the bonds of resistance and the identities of the black community involved.
Congada es una fiesta popular tradicional brasileña creada por negros/as esclavizados/as como una reedición de procesiones reales africanas. Esa manifestación cultural cambió su significado original debido a las necesidades de representación y la reanudación de los lazos identitarios de una población secuestrada de sus tierras y lanzada al trabajo obligatorio. Ante esto, este artículo propone problematizar las experiencias (de resistencia) de los/las practicantes de Congada y la constitución de sus procesos identitarios provocados por la participación en la fiesta en el municipio de Lambari (estado de Minas Gerais, Brasil). Para esto, se utilizó el material empírico de entrevistas semiestructuradas con los/las congadeiros/ as, y para el análisis de esos informes se aplicó la contribución teórica posestructuralista. Se concluye que las disputas entre los/as congadeiros/as y el poder público terminaron fortaleciendo los lazos de resistencia y las identidades de la comunidad negra involucrada.
A Congada é uma tradicional festa popular brasileira criada por pessoas negras escravizadas como uma reedição dos cortejos reais africanos. Essa manifestação cultural modificou seus significados originais diante das necessidades de representação e de reatamento dos laços identitários de uma população sequestrada da sua terra natal e lançada ao trabalho compulsório. Diante disso, este artigo propõe problematizar as experiências (de resistência) dos(as) praticantes da Congada e a constituição dos seus processos identitários acionados a partir da participação na festa no município de Lambari (MG). Para tanto, utilizou-se o material empírico produzido por meio de entrevistas semiestruturadas com os(as) congadeiros( as), ao passo que esses relatos foram interpretados a partir do aporte teórico pós-estruturalista. Ao final, conclui-se que as disputas travadas entre os(as) congadeiros( as) e o poder público acabaram por fortalecer os laços de resistência e as identidades da comunidade negra envolvida.