Descripción:
O objetivo deste artigo é apresentar algumas contribuições da pedagogia marxista para a explicação do problema da “falta de limites” dos alunos da educação básica. Analisa que a falta de limites não é uma decorrência da natureza humana; ao contrário, mostra que não há uma natureza humana, fixa, eterna. O homem não nasce homem, torna-se homem e seu ser é uma formação histórica, produzida pelo trabalho e educação. Para formar o aluno concreto há a necessidade de um processo educativo que tem, na formação para o trabalho concreto, sua centralidade. Educar é um aprendizado que requer, na primeira fase de desenvolvimento da criança, a disciplina externa para a formação dos hábitos que, uma vez fixados, constituirão a segunda natureza. A partir desse processo, na segunda fase, passa-se do automatismo à liberdade, resultando numa disciplina interna em que “autodisciplina intelectual e autonomia moral” formam o caráter. Por fim, mostra que ensino é educação, explicitando aí a concepção marxista de educação na formação do homem omnilaterial que, para realiza-se concretamente necessita lutar pela superação da sociedade capitalista e por uma educação para além do capital.