Embora os fóruns de discussão em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) venham sendo usados há muito tempo (CARDOSO; VALENTE, 2017); com o distanciamento físico imposto pela pandemia de Covid-19, sua importância foi acentuada, principalmente por se tornar uma das poucas chances de construção colaborativa de conhecimento. Além disso, para os docentes em formação, os fóruns podem representar também um espaço para expressar suas emoções e compartilhar suas crenças. Neste artigo, buscamos identificar algumas dessas crenças e emoções que emergiram das narrativas pessoais de quatro licenciandos de um estágio supervisionado de uma universidade pública. Entretanto, antes de passarmos para a análise das falas desses docentes em formação, apresentamos nossa fundamentação teórica, a partir da discussão sobre os seguintes conceitos: ensino remoto emergencial e cibercultura (SANTOS 2019, 2020), crenças, identidades e emoções (ARAGÃO, 2010; 2011; BARCELOS, 2004; 2007; 2009; KAJALA et al, 2015). A análise dessas narrativas deixa claro como esta nova realidade, que é o ensino remoto emergencial (ERE), afeta esses licenciandos, tanto como alunos quanto como professores. Concluímos, concordando com Barcelos (2011), Barcelos e Aragão (2018), Abrahão (2004), Bonfim e Conceição (2009) e Silva (2016), que na formação docente deve haver espaço para a discussão sobre crenças, identidades e emoções.