Este texto constitui-se em um exercício analítico-reflexivo e traz como ideia central a perspectiva das cidades educadoras como possibilidade e condição para a construção de sociedades sustentáveis. Aponta elementos das distopias contemporâneas ao mesmo tempo que traz aportes de diferentes documentos e convenções internacionais que explicitam vontades coletivas para podermos viver juntos e com dignidade. Sublinha aspectos das Cartas das Cidades Educadoras escritas, desde a cidade de Barcelona, nos anos de 1990 e 2020 e dialoga com autores como Henry Lefebvre, Milton Santos, Paulo Freire, entre outros, para pensar a cidade desde a perspectiva de seus serviços, políticas e equipamentos; de suas gentes em diferentes tempos da vida com seus desafios geracionais e intergeracionais; e, desde as possibilidades da instituição escolar, a partir de um horizonte alargado de compreensão da educação como processo de humanização. Afirma a possibilidade de construirmos outros cenários sociais que alimentem a utopia da democracia e da dignidade humana. Palavras-chave: cidades educadoras; sociedades sustentáveis; democracia; dignidade humana.