Descripción:
Discursos colonialistas sobre a infância ao inscreverem o corpo da criança no interior de um território definido, que deve ser protegido contra a ameaça do Outro estranho e estrangeiro constituem-no com base na mesma gramática dual da organização das relações humanas segundo um tipo único e fixo de vínculo político-cultural: o estado-nação. Desse modo, discursos colonialistas conformam o corpo infantil segundo a mesma lógica bélica e imperialista da exploração capitalista. Contrapondo-se a essa visão, o propósito deste artigo é caracterizar discursos pós-colonialistas que, com base na noção de hibridismo cultural, reivindicam a necessidade de se descolonizar o conceito de infância visto, ele próprio, como uma invenção colonizadora.