Este trabalho apresenta a comunicação popular e feminista da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), no Brasil, como uma experiência de rompimento com o mutismo imposto para as classes populares no país e com o estabelecimento do “sujeito competente” (CHAUI, 2017), permanentemente reivindicado pelos meios de comunicação de massa. Em Educação como Prática de Liberdade (1978), Paulo Freire afirma que há um mutismo prescrito para as “pessoas comuns” no Brasil. Diante disso, este trabalho se atém a quem são essas pessoas, visto que a negação do direito à palavra não atinge igualmente homens e mulheres. Além disso, o texto reflete sobre a construção do “sujeito competente”, visto que ela não se descola das dimensões patriarcais e racistas da sociedade capitalista.
Este trabajo presenta la comunicación popular y feminista en la Marcha Mundial de las Mujeres (MMM) de Brasil como una experiencia de ruptura con el mutismo que se impuso a las clases populares en el país y con la instauración del "sujeto competente" (CHAUI, 2017), permanentemente reivindicado por los medios de comunicación. En Educação como Prática de Liberdade (1978), Paulo Freire afirma que hay un mutismo prescrito para la "gente común" en Brasil. En vista de ello, este documento se centra en quiénes son estas personas, ya que la denegación del derecho a la palabra no afecta por igual a hombres y mujeres. Además, el texto reflexiona sobre la construcción del "sujeto competente", puesto que este no se desvincula de las dimensiones patriarcales y racistas de la sociedad capitalista.
This paper presents the popular and feminist communication of the World March of Women (WMW), in Brazil as an experience of breaking the mutism imposed upon the popular classes in the country and the establishment of the "competent subject" (CHAUI, 2017), permanently claimed by the mass media. In Educação como Prática de Liberdade (1978), Paulo Freire states that there is a mutism prescribed for "common people" in Brazil. That being said, this paper focuses on who these people are, since the denial of the right to speak does not affect men and women equally. Furthermore, the text reflects on the construction of the "competent subject", since it is not detached from the patriarchal and racist dimensions of capitalist society.