This text is configured in two movements of writing, seeking to point out several territories of power in the images, as well as several types that have been part of the exchange of knowledge in contemporary Brazil. The first broader movement is focused on two territories of power where images have been contested after sharing contents related to religion and sexuality; these contested territories are commented on from historical and current images, in connection with paintings, drawings and cartoons. The second movement is dedicated to a specific power territory, school geography, and accomplishes in writing in connection with photographs present in geography textbooks and with a photography that deviates from them in their functions and pretensions of power. The concepts of real image and troop of images by Fernand Deligny take effect in both writing movements. In the end, it is argued that betting on territories of power that emerge in the image also means betting the power that emerges from risk of non-recognition, that the power of the image also emerges in the act of letting oneself be led by what one does not see and is not known.
Este texto se configura em dois movimentos de escrita, buscando apontar diversos territórios de poder nas imagens, bem como seus diversos tipos que têm feito parte da partilha dos saberes no Brasil contemporâneo. O primeiro movimento, mais geral, está focado em dois territórios de poder onde as imagens têm sido contestadas, ao partilharem conteúdos atinentes à religião e à sexualidade; esses territórios contestados são comentados a partir de imagens históricas e atuais, estando em conexão com pinturas, desenhos e charges. O segundo movimento é dedicado a um território de poder específico, a geografia escolar, e se realiza na escrita em conexão com fotografias presentes em livros didáticos de geografia e com uma fotografia que se desvia delas em suas funções e pretensões de poder. Operam nos dois movimentos os conceitos de imagem verdadeira e tropa de imagens, de Fernand Deligny. Ao final, argumenta-se que apostar nos territórios de poder que emergem na imagem significa também apostar que o poder emerge do risco do não reconhecimento, que o poder da imagem emerge também no ato de se deixar conduzir pelo que não se vê e não se sabe.