Socio-economic inequality in Argentina between children and families, as in most countries, is a structural fact that has been measured since measurable data has been available. This inequality is expressed both through monetary poverty, which in Argentina currently exceeds 60% of the population under 18, and in non-monetary deprivations that affect more than half the country’s children. The pandemic and the confinement measures imposed by the national government included closing schools, as did other countries, which reinforced a dependence on connectivity in order to give continuity to the educational process. Given that access to connectivity and its effective use are strongly related to the socioeconomic group to which children and adolescents belong, it was to be expected that confinement measures would affect economically disadvantaged children more than others. The available data show that this, in fact, is what occurred. However, it also showed an overall increase in access to and use of digital technology that was even more intense in social groups with lower incomes and greater rights deprivations. This article aims to document and analyze this process with longitudinal data covering the period 2016-2020, with special emphasis on the latter years.La desigualdad socioeconómica en Argentina entre los niños y las familias, como en la mayoría de los países, es un hecho estructural que se ha medido desde que se dispone de datos adecuados para hacerlo. Esta desigualdad se expresa tanto en la pobreza monetaria, que en Argentina supera actualmente al 60% de la población menor de 18 años, como en las privaciones no monetarias que afectan a más de la mitad de las niñas y niños del país. La pandemia y las medidas de confinamiento impuestas por el gobierno nacional incluyeron el cierre de escuelas, al igual que otros países, lo que reforzó la dependencia de la conectividad para dar continuidad al proceso educativo. Dado que el acceso a la conectividad y su uso efectivo están fuertemente relacionados con el grupo socioeconómico al que pertenecen niñas, niños y adolescentes, era de esperar que las medidas de confinamiento afectarían más a los económicamente desfavorecidos. Los datos disponibles muestran que esto, de hecho, es lo que ocurrió. Sin embargo, también mostró un aumento generalizado en el acceso y uso de la tecnología digital que fue aún más intenso en los grupos sociales con menores ingresos y mayores privaciones de derechos. Este artículo tiene como objetivo documentar y analizar este proceso con datos longitudinales que abarcan el período 2016-2020, con especial énfasis en los últimos años.A desigualdade econômica entre crianças na Argentina é um fato estrutural que foi registrado desde que existem dados para essa medição. Essa desigualdade se expressa tanto em uma taxa de pobreza monetária que atualmente ultrapassa 60% da população menor de 18 anos, quanto em privações não monetárias que afetam também mais da metade das crianças do país. A declaração de uma pandemia e as medidas de confinamento impostas pelo governo nacional, incluíram, como em outros países, o fechamento de escolas, reforçando assim a dependência da conectividade para dar continuidade ao processo educacional. Tendo em vista que o acesso à conectividade e seu uso efetivo são fortemente condicionados pelo estrato socioeconômico o qual as crianças pertencem, esperava-se que as medidas de confinamento afetassem mais proporcionalmente as crianças economicamente menos favorecidas. No entanto, os dados disponíveis mostram um aumento generalizado do acesso e do uso da tecnologia digital, ainda mais intenso nos grupos sociais de menor renda e maiores privações de direitos. Este artigo tem como objetivo documentar e analisar esse processo com dados longitudinais abrangendo o período 2016-2020, com especial destaque para o último ano.