In Buenos Aires, Argentina, women’s activism played a fundamental role in the consolidation of reproductive rights, specifically the laws on humanized childbirth and obstetric violence. Although they have not been officially recognized, the activists were pioneers in raising their voices and pushing to give meaning to the term. They politicized their own experience of suffering during childbirth by naming it obstetric violence, a form of gender-based violence. Moreover, they recognized themselves as victims and made audible the gender mandates and naturalized practices of the care system: being treated as body-objects for reproduction. Thus, we consider obstetric violence as an epistemic, ambiguous category whose meaning has been politically contested by different social actors. The main objective is to analyze -in a gender and feminist perspective- the ways in which suffering during childbirth was recognized by the activists themselves as obstetric violence, together with other women, and was transformed into a political tool with a community scope. To this end, the ethnographic method, as a qualitative methodology, allows us to delve into the reflexivities involved as an approach to the social, to power relations and to the intimate everyday life of the actors. Thus, their testimonies on obstetric violence were a gateway to the development of political networks and militancy on the issue. They played a leading role in the moral dispute over the meaning of obstetric violence, in which their bodies played a vital role.En Buenos Aires, Argentina, los activismos de mujeres cumplieron un rol fundamental en la consolidación de los derechos reproductivos, específicamente, de las leyes de parto humanizado y violencia obstétrica. Aunque no han sido reconocidas públicamente, las activistas fueron pioneras en alzar la voz y pujar por darle sentido al término. Ellas politizaron su propia experiencia de sufrimiento durante la atención del parto al nombrarla violencia obstétrica, modalidad de la violencia de género. Es más, se reconocieron como víctimas e hicieron audible los mandatos de género y las prácticas naturalizadas del sistema de atención: ser tratadas como cuerpo-objetos para la reproducción. Consideramos, pues, a la violencia obstétrica como una categoría epistémica, ambigua y que ha sido disputada políticamente en su significado por distintos actores sociales. Como objetivo principal se analizan –en clave de género y feminista- los modos en los que el sufrimiento durante el parto de las activistas fue reconocido por ellas mismas como violencia obstétrica junto a otras mujeres y se transformó en una herramienta política con alcances comunitarios. Para ello, el método etnográfico, como metodología cualitativa, permite ahondar en las reflexividades implicadas como acercamiento a lo social, a las relaciones de poder y a la cotidianidad íntima de los actores. Así, sus testimonios sobre la violencia obstétrica fueron una puerta de entrada al desarrollo de redes políticas y militancia sobre el tema. Ellas tuvieron un rol protagónico en la disputa moral por el sentido de la violencia obstétrica, en la que sus corporalidades jugaron un rol central.Em Buenos Aires, Argentina, os ativismos femininos desempenharam um papel fundamental na consolidação dos direitos reprodutivos, especificamente as leis sobre o parto humanizado e a violência obstétrica. Embora não tenham sido reconhecidos publicamente, os ativistas foram pioneiros em levantar a voz e empurrar para dar sentido ao termo. Eles politizaram sua própria experiência de sofrimento durante o parto, nomeando-a violência obstétrica, uma forma de violência baseada no gênero. Além disso, eles se reconheceram como vítimas e tornaram audíveis os mandatos de gênero e as práticas naturalizadas do sistema de cuidados: serem tratados como objetos corporais para reprodução. Assim, consideramos a violência obstétrica como uma categoria epistêmica e ambígua, cujo significado tem sido politicamente contestado por diferentes atores sociais. O principal objetivo é analisar - de uma perspectiva de gênero e feminista - as formas como o sofrimento durante o parto foi reconhecido pelas próprias ativistas e outras mulheres como violência obstétrica e foi transformado em uma ferramenta política com alcance comunitário. Para isso, o método etnográfico, como metodologia qualitativa, nos permite mergulhar nas reflexividades envolvidas como abordagem ao social, às relações de poder e à vida cotidiana íntima dos atores. Assim, seus testemunhos sobre a violência obstétrica foram uma porta de entrada para o desenvolvimento de redes políticas e ativismo sobre o tema. Eles desempenharam um papel de liderança na disputa moral sobre o significado da violência obstétrica, na qual seus corpos desempenharam um papel central.