Neste artigo, discuto teorizações importantes sobre linguagem e sobre as representações de gênero e sexualidade presentes em crianças de uma turma de educação infantil. A linguagem é entendida como um instrumento de poder que permite fundar, dar sentido, incluir, marginalizar e criar efeitos de verdade sobre identidades e relações de gênero, exercendo um governamento sobre as populações infantis. Amparada em uma perspectiva pós-estruturalista declaro minhas concepções sobre gênero e procuro aproximações com a teoria focaultiana ao realizar o exercício de analise dos discursos das crianças. Concluo este artigo apontando algumas estratégias que podem ser usadas para trabalhar/problematizar as questões de gênero pelas pessoas implicadas na educação de crianças pequenas.