A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de elevar as taxas bruta e líquida das matrículas no ensino público superior e o fenômeno da evasão estudantil, são analisados de forma relacionada com a ampliação as políticas de acesso, inclusão, ações afirmativas, assistência e permanência estudantil na educação superior. O artigo discute o conceito de evasão e o comportamento desse fenômeno no contexto da inserção dessas políticas numa universidade pública baiana. As discussões propostas fundamentam-se na literatura sociológica que relaciona o (in)sucesso acadêmico dos estudantes com a dimensão socioeconômica. Sob o entendimento de que as desigualdades socioeconômicas influenciam, tanto no acesso, quanto na evasão nos diversos níveis educacionais, dentre os quais, no ensino superior, o percurso metodológico constituiu-se de revisão bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo, cujos dados e informações levantados foram sistematizados e analisados por meio da técnica denominada análise de conteúdo. Dos resultados obtidos, constatou-se que o fenômeno da evasão no ensino público superior é consequência de um acesso mitigado em todos os extratos sociais, independe do tipo de processo seletivo adotado, as universidades não conhecem o estudante que evade e as políticas educacionais de combate à evasão ainda são insuficientes.