this article analyzes two devices of penalization in Cordoba (Argentina) implemented in the late nineteenth and early twentieth centuries, which influenced the production and safeguarding of gender stereotypes for women. We understand by penalization the penal complex as a whole. Therefore, we will analyze discourses held by judicial operators, on the one hand, and the dynamics developed in a penal institution —the Buen Pastor Prison—, on the other hand. The aim is to demonstrate how both devices operated as a mechanism that, in an interconnected and complementary way, influenced the production and consolidation of an ideal model of femininity, diagrammed by roles of mother and wife and subordinated to male authority. For this purpose, we will make a gendered reading of the discourses sustained by judges and defense lawyers in cases of adultery and infanticide and we will analyze the disciplinary mechanisms put into practice in the Prison. We are interested in highlighting the place of judicial discourse as an instrument that reproduces and consolidates gender imperatives and the role of the Prison as an institution aimed at normalization through a disciplining that was planned through the prescription of domestic tasks.el presente artículo analiza dos dispositivos de la penalidad en Córdoba (Argentina) implementados a fines del siglo XIX y principios del XX, que incidieron en la producción y resguardo de estereotipos de género para las mujeres. Entendemos por penalidad al complejo penal en su conjunto, por lo que se analizarán discursos sostenidos por los operadores judiciales, por un lado y las dinámicas desarrolladas en una institución penal —la Cárcel del Buen Pastor—, por el otro. Se pretende demostrar la manera en que ambos dispositivos operaron como engranajes que, de manera interconectada y complementaria, incidieron en la producción y consolidación de un ideal modélico de feminidad, diagramado por roles de madre y esposa y subordinado a la autoridad masculina. Para ello, realizaremos una lectura en clave de género de los discursos sostenidos por jueces y defensores en casos de adulterio e infanticidio y analizamos los mecanismos de disciplinamiento puestos en práctica en la cárcel. Nos interesa destacar el lugar del discurso judicial como instrumento que reproduce y consolida imperativos de género y el rol de la cárcel como institución destinada a la normalización a través de un discipli amiento que se planificaba mediante la prescripción de labores domésticas.este artigo analisa dois dispositivos de penalidade em Córdova (Argentina) implementados no final do século XIX e início do século XX, que influenciaram a produção e salvaguarda de estereótipos de gênero para as mulheres. Entendemos por penalidade o complexo penal como um todo, pelo que analisaremos os discursos dos operadores da justiça, por um lado, e as dinâmicas desenvolvidas numa instituição penal —a Cadeia Buen Pastor—, por outro. O objetivo é demonstrar como ambos os dispositivos funcionavam como engrenagens que, de forma interligada e complementar, influenciaram a produção e consolidação de um modelo ideal de feminilidade, diagramado por papéis de mãe e esposa e subordinado à autoridade masculina. Para o efeito, faremos uma leitura dos discursos sustentados por juízes e defensores em casos de adultério e infanticídio e analisaremos os mecanismos disciplinares postos em prática na cadeia. Estamos interessados em destacar o lugar do discurso judicial como um instrumento que reproduz e consolida os imperativos de gênero e o papel da Cadeia como uma instituição destinada à normalização através de uma disciplina que foi planejada através da prescrição de tarefas domésticas.