Red de Bibliotecas Virtuales de Ciencias Sociales en
América Latina y el Caribe

logo CLACSO

Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71128
Título : E se a pedagogia pudesse tornar-se científica ?
Editorial : Faculdade de Filosofia e Ciências
Descripción : Neste artigo, propomo-nos a esclarecer os pedagogos sobre os benefícios de tornar a pedagogia verdadeiramente científica, fazendo uso de elementos já testados com sucesso pela psicopedagogia clínica. O desenvolvimento da pesquisa científica no campo da pedagogia poderia permitir intervenções profiláticas (em vez de remediadoras) se esta conhecesse a necessidade de se introduzir novos conteúdos sempre na ordem genética do seu aparecimento, de forma adequadamente desequilibradora. Na base de toda atividade de ensino responsável deveria estar a Epistemologia Genética, explicando como nascem e como se ampliam os conhecimentos. Como a pedagogia optou por ignorar a Epistemologia Genética, age pelo empirismo, por tateamentos e aproximações. A ambigüidade e a indecisão sobre a missão social da pedagogia se deve ao fato de ser tida como campo da transmissão de conhecimentos. O conhecimento, no entanto, não é transmissível, pois é criação do sujeito e isto lhe permite desmontar e remontar, recriar em vez de repetir. Só os saberes são transmissíveis, daí seu caráter utilitário de instrução, sem justificações, razões ou explicações. A escola deve ser o lugar de transmissão de saberes ou de acesso ao conhecimento? A resposta dependerá da filosofia da educação escolhida e das decisões políticas dos administradores. Do fornecimento de recomendações de base sobre procedimentos de intervenção a um estudo de caso, o leitor verá como pode ocorrer uma intervenção remediadora bem sucedida. A experiência clínica ensina que é possível intervir para favorecer a construção do conhecimento, recuperando atrasos. Uma pedagogia que se pretenda científica pode se beneficiar dessa “psicopedagogia cognitiva” estendida a todo processo de aprendizagem. Aos que consideram a perspectiva demasiado ambiciosa, argumentamos já possuirmos os elementos provenientes da psicopedagogia cognitiva e que falta-nos apenas a formação para o diagnóstico, para a pesquisa, para a investigação. Ao professor cabe acompanhar, guiando ao mesmo tempo, uma criança que funciona de acordo com sua própria lógica, com respeito, paciência e benevolência, atitudes fundamentais para o professor observador. Chamamos a atenção dos pedagogos, sensíveis aos procedimentos científicos tão necessários à pedagogia, para que reflitam ao organizar suas progressões pedagógicas. Aprender é reconstruir os conhecimentos a partir dos saberes à disposição e poder dar explicações. Isto será possível graças à presença de alguém que acompanha com o aluno o procedimento de recriação dos conhecimentos. Pela “tomada de consciência” de como as coisas funcionam o sujeito se permite a autonomia. Ao professor cabe estimular no aluno a necessidade de compreender, tendo presente que quanto mais cedo a criança começar mais rapidamente se transformará em criador de conhecimentos. Devemos, então, começar pelo começo, ou seja, pela escola maternal.
URI : http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71128
Otros identificadores : https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/553
10.36311/1984-1655.2008.v1n1.p3-52
Aparece en las colecciones: Faculdade de Filosofia e Ciências - FFC/UNESP - Cosecha

Ficheros en este ítem:
No hay ficheros asociados a este ítem.


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.