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Título : Coevoluindo com as sementes : ciência e agricultura no movimento italiano Rete Semi Rurali
Autor : SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e
http://lattes.cnpq.br/4763023451639698
http://lattes.cnpq.br/6576287186569143
Palabras clave : Antropologia;Agrobiodiversidade;Agricultura alternativa;Melhoramento genético
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
Descripción : SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: FIALHO, Vânia
Esse trabalho analisa as modalidades de gestão da agrobiodiversidade no movimento Rete Semi Rurali (Itália), focalizando-se na forma com a qual os agentes socionaturais plasmam a realidade a partir das relações de poder glocais que caracterizam o mundo rural. Através de uma análise de fontes bibliográficas observamos como, desde a aplicação da genética mendeliana à agricultura no início do século XX, as sementes tornam-se um importante instrumento para o exercício do biopoder, funcionais à gestão indireta das populações rurais e ao abastecimento alimentar das crescentes cidades. Ao longo do século XX, diante das crises econômicas e ambientais globalizadas, aparecem outras questões biopolíticas relacionadas com a erosão genética, o aquecimento global, a soberania alimentar, entre outras. A centralidade assumida pelo neoliberismo ecológico nas últimas décadas e as atuais pesquisas nos programas avançados de biologia e genética mostram-nos uma intensificação no domínio das naturezas humanas e não-humanas, denominada neorracionalidade: uma concepção da natureza como algo indeterminado e fluido, conciliada com uma ausência de limites à agency humana. Ao mesmo tempo, os dados coletados mostram uma insurreição de alternative food networks como parte de práticas de ativismo agroalimentar no âmbito rural. Através de uma analise etnográfica dos modos de relacionamento entre pessoas e sementes apresento as inovações inerentes às técnicas de melhoramento genético conduzidas pela Rete Semi Rurali. Estas técnicas são baseadas na valorização da diversidade biológica e social, na descentralização da pesquisa científica, não mais exclusiva de cientistas e expertos, na centralidade dos processos coevolutivos entre humanos e não-humanos. A partir destas práticas desenvolvem-se formas comunitárias de autogestão, consideradas fundamentais, para enfrentar as atuais crises capitalocênicas. Práticas que têm seu fundamento em uma modalidade de agency socionatural que denomino multinaturalismo relacional, em oposição ao monoculturalismo técnico-científico.
CAPES
Questo lavoro si occupa delle modalità di gestione dell’agrobiodiversità da parte del movimento italiano Rete Semi Rurali, focalizzandosi nel modo in cui gli agenti socionaturali plasmano la realtà a partire dalle relazioni di potere glocali che caratterizzano il mondo rurale. Attraverso un’analisi di fonti bibliografiche osserviamo come, dall’applicazione della genetica mendeliana all’agricoltura all’inizio del secolo XX, i semi divengano un importante strumento di esercizio del biopotere, funzionali alla gestione indiretta della popolazione rurale e all’approvvigionamento delle aree urbane. Nel corso del secolo XX, di fronte alle crisi economiche e ambientali globali, appaiono nuove problematiche biopolitiche: erosione genetica, riscaldamento globale, sovranità alimentare, fra altre. La centralità assunta dal neoliberismo ecologico nelle ultime decadi, e le attuali ricerche nei programmi avanzati di biologia e genetica, mostrano l’emergere di una nuova forma di dominio della natura umana e non-umana, denominata neorazionalità: una concezione della natura storica, indeterminata e fluida, combinata con un’assenza di limiti alle possibilità di agency umana. Allo stesso tempo, i dati raccolti mostrano l’insurrezione di alternative food networks come parte delle pratiche di attivismo agroalimentare che, negli ultimi decenni, stanno apparendo nel mondo rurale. Attraverso un’analisi etnografica dei modi di relazione fra persone e sementi sono presentate le innovazioni inerenti alle tecniche di miglioramento genetico condotte dalla Rete Semi Rurali. Queste tecniche si basano sulla valorizzazione della diversità biologica e sociale, nella decentralizzazione della ricerca scientifica, non più esclusiva di scienziati ed esperti, nella centralità dei processi coevolutivi fra umani e non umani. Da ciò nascono forme comunitarie di autogestione, considerate fondamentali, per affrontare le attuali crisi capitaloceniche. Pratiche che si fondano su una modalità di agency socionaturale che denomino multinaturalismo relazionale in opposizione al monoculturalismo tecno-scientifico.
The aim of this work is to focalize on the managerial modalities applied in agrobiodiversity by the italian movement Rete Semi Rurali, and in particular on the way in which socionatural agents forge reality, starting from glocal power relations, that characterize rural world. Analizing some literature, we can realize that from the application of Mendelian genetics to agriculture in the first period of the 20ᵗʰ century, seeds really started to be an important instrument of exercise of biopower. The production of genetically equable varieties, have lead to the control of production methods, to the growth in the experts political role in the definition of the truth, to the concentration of capital to the benefit of transnational corporations. During 20ᵗʰ century, together with the depressions and global environmental crisis, appear new biopolitical questions: genetic erosion, global warming and food sovereignty. The central position taken by ecologic neoliberalism in the last decades, and the actual investigation in advanced biology and genetics programs, show the growing of a new form of dominance of human and non-human nature, called neorationality: an historical conception of nature, indeterminate and fluid, accompanied with a limitless human agency. Furthermore, actual literature shows the increasing of alternative food networks as part of agri-food activism praxis that, in the last decades, are appearing in the rural world. Techniques of plant breeding carried on by Rete Semi Rurali show relational dynamics between seeds and persons who are able to act in the rural reality, transforming its power relations. These techniques are based on valorization of social and biological diversity, on decentralization of scientific investigation – not anymore exclusivity of scientists and experts - and on the importance of coevolution of human beings and seeds. In addition from this, it follows the birth of local community organizations based on self-management, considered essential, in order to face the actual capitalogenic crisis. Experiences based on socio-natural agency modality that I call relational multinaturalism in opposition to techno-scientific monoculturalism.
URI : http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167358
Otros identificadores : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33438
Aparece en las colecciones: Programa de Pós Graduação em Antropologia - PPGA/UFPE - Cosecha

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