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Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.creatorCavalcanti, Céu-
dc.creatorCarvalho, Marina Wanderley Vilar-
dc.creatorBicalho, Pedro Paulo Gastalho-
dc.date2018-12-18-
dc.date.accessioned2022-03-30T17:49:25Z-
dc.date.available2022-03-30T17:49:25Z-
dc.identifierhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/27943-
dc.identifier10.9771/peri.v1i10.27943-
dc.identifier.urihttp://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/161381-
dc.descriptionEm janeiro de 2018 o Conselho Federal de Psicologia publica a resolução CFP 01/2018, que “estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis”. Tal resolução prevê entre outras coisas, a necessidade de perspectivas despatologizantes no atendimento com pessoas trans, o fundamental respeito às autodeterminações de gênero e a perspectiva analítica de pensar em termos de cisnormatividade  sobre as relações de poder que atravessam as constituições de corpos trans e corpos não trans. Sendo um documento construído em diálogo com pesquisadoras, com profissionais de psicologia e com ativistas dos movimentos trans, ela rapidamente foi entendida como um avanço imenso em termos de legislação protetiva para a população trans. Apenas dois dias seguintes a publicação, o Ministério Público Federal em sua 4ª seção prepara uma Ação Civil Pública (ACP) contrária à resolução, alegando que esta configurar-se-ia uma grave ameaça à liberdade de expressão e de pensamento dos profissionais de psicologia no Brasil. Temos como objetivo nesse texto colocar em análise o processo da ACP entendendo este como um dispositivo que faz ver e falar racionalidades que atravessam as diferentes relações institucionais e profissionais com pessoas trans. A inconsistência argumentativa revela movimentos que podemos entender como relações entre a produção de verdade em processos jurídicos e a disseminação de discursos de ódio. O ódio às diferenças, aqui entendido como ódio transfóbico, mobiliza aparatos os mais diversos que vão desde o enfrentamento direto que culmina em assassinatos brutais, quanto o apagamento de pautas e tentativas de boicote a pequenos avanços em medidas de proteção e garantia, como parece ser o caso desta ACP. Após uma breve disputa discursiva, o processo foi extinto sem julgamento de mérito, porém, ele nos sinaliza que nessa senda, outros ataques certamente virão. E de fato já veio, em forma de insistência jurídica. Enquanto se faz necessária a construção de proteções às diferenças em diferentes campos, entendemos a grande importância de estarmos atentas a uma estranha organização de discursos, que a uma só vez se compõe como discursos de verdade, que as vezes nos fazem rir, mas que tem o poder institucional de matar.pt-BR
dc.formatapplication/pdf-
dc.languagepor-
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt-BR
dc.relationhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/27943/17153-
dc.rightsCopyright (c) 2018 Revista Periódicuspt-BR
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0pt-BR
dc.sourceRevista Periódicus; v. 1 n. 10 (2018): Crimes de ódio e ataques morais contra feministas, LGBTs e defensores de direitos sexuais e reprodutivos; 231-249pt-BR
dc.source2358-0844-
dc.titleA Estranha Liberdade de Odiar: uma análise do processo de Ação Civil Pública contra a resolução 01/2018 do Conselho Federal de Psicologiapt-BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/article-
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion-
Aparece en las colecciones: Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - CULT/UFBA - Cosecha

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