The present work aims to investigate the obstacles, challenges and potentialities of breastfeeding practice within the framework of a capitalist-patriarchal model rooted in the pedagogy of cruelty. This essay proposes to draw theoretical and methodological ins-piration from the anthropology of the senses and the concept of the body-territory. From these perspectives, we are interested in understanding how the body constitutes both the primary territory of struggle and a place of individual and collective marks and oppres-sions. Within these latter, we will focus on analyzing the three separations that women must confront during the practice of breastfeeding due to patriarchal mediation: with their own body, with their offspring, and with other women. Finally, we will address how the characteristics of breastfeeding, such as gratuity, abundance, and exclusivity, contrast with the logic imposed by liberal economics, positioning this practice as a "capital sin" in this capitalist-patriarchal model, but also as a bastion of resistance for others who wish and believe that other ways of connecting with our bodies and territories are possible, based on respect, shared responsibility and love.
El presente trabajo busca indagar acerca de los obstáculos, desafíos y potencias de la práctica de lactancia materna en el marco de un modelo capitalista-patriarcal cimentado bajo la pedagogía de la crueldad. Este ensayo propone nutrirse teórica y metodológicamente de la antropología de los sentidos y de la noción de cuerpo-territorio. A partir de estas perspectivas, nos interesa comprender cómo el cuerpo constituye tanto el primer territorio de lucha, como un lugar de marcas y opresiones individuales y colectivas. Dentro de estas últimas, nos concentramos en analizar las tres escisiones a las que debe hacer frente la mujer, durante la práctica de lactancia producto de la mediación patriarcal: con su propio cuerpo, con su cría y con el resto de las mujeres. Finalmente, se abordará cómo las características de la lactancia, como gratuidad, abundancia y exclusividad se contraponen a las lógicas impuestas desde la economía liberal, posicionando a dicha práctica como un “pecado capital” en este modelo capitalista- patriarcal, pero también una trinchera de resistencia, para otros/as que deseamos y pensamos que otras formas de vincularnos con nuestros cuerpos y territorios son posibles, desde el respeto, la co-responsabilidad y el amor.
O presente trabalho busca investigar os obstáculos, desafios e potências da prática da amamentação no marco de um modelo capitalista-patriarcal fundado na pedagogia da crueldade. Este ensaio se propõe a partir teórica e metodologicamente da antropologia dos sentidos e da noção de corpo-território. A partir dessas perspectivas, interessa-nos compreender como o corpo constitui tanto o primeiro território de luta quanto um lugar de marcas e opressões individuais e coletivas. Dentro deste último, centramo-nos na análise das três divisões que as mulheres devem enfrentar durante a prática da amamentação como resultado da mediação patriarcal: com o seu próprio corpo, com a sua prole e com o resto das mulheres. Por fim, será abordado como as características da amamentação, como a gratuidade, a abundância e a exclusividade, contrastam com a lógica imposta pela economia liberal, posicionando esta prática como um “pecado capital” neste modelo capitalista-patriarcal, mas também uma trincheira de resistência, para outros que desejam e pensam que são possíveis outras formas de vinculação com nossos corpos e territórios, a partir do respeito, da corresponsabilidade e do amor.