Descripción:
Defendendo o uso de avaliações diagnósticas que permitam à escola pública
acompanhar os progressos dos alfabetizandos durante o primeiro ciclo, buscamos,
na presente pesquisa, analisar a adequação do instrumento Provinha Brasil para a
avaliação da aprendizagem da alfabetização. Nessa perspectiva, nossos objetivos
específicos foram: Identificar as concepções de professoras a respeito da Provinha
Brasil; Investigar como se dava a aplicação da Provinha Brasil e se esta poderia
interferir nos resultados revelados pelos aprendizes; Avaliar a complexidade dos
itens da Provinha Brasil, a fim de verificar se existia comparabilidade entre as
edições de 2011 e 2012; e Examinar a evolução dos conhecimentos dos alunos
pesquisados, na Provinha Brasil, verificando se os erros e acertos teriam a ver
exclusivamente com os conhecimentos deles ou se poderiam ser influenciados pelo
instrumento. Para tal, observamos a aplicação dos testes da edição de 2012 em
duas turmas de uma escola que serviu como nosso campo de investigação e
realizamos a aplicação (para fins de pesquisa), em períodos próximos, dos testes da
edição de 2011 da Provinha, em uma das turmas. Ademais, analisamos tais provas,
buscando verificar se havia comparabilidade entre o nível de complexibilidade dos
itens. Os resultados demonstraram que as crianças têm interesse em responder às
questões do exame e que obedecem as orientações dadas durante a aplicação.
Constatamos que é necessário uma maior participação das docentes, na aplicação e
no uso da Provinha, sendo adequado, também, ter certos cuidados e discussões
anteriores à prova. As variações no tempo de resolução de itens ligados a diferentes
descritores pareceu ter relação com o nível de complexidade das questões do
exame. Embora os alunos tenham revelado progressos, ao longo do ano letivo, a
comparabilidade das diferentes edições do instrumento parecia bastante
questionável. A cada prova analisada, variava a distribuição quantitativa dos itens
que avaliavam diferentes habilidades de alfabetização e letramento, além de terem
sido constatados outros detalhes, na própria elaboração dos itens, que implicavam
evidente oscilação do grau de complexidade do que as crianças eram chamadas a
responder. Entre tais aspectos, ressaltamos o gênero textual utilizado, o auxílio ou
não de imagens, além do fato de a criança precisar ler (ou não) o enunciado das
questões.