RESUMO: Desde o ano 2016, após as negociações de paz entre o Estado colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC, neste país vem apresentando-se um aumento do desmatamento, concentrado principalmente no Noroeste da sua região amazônica, onde as dinâmicas territoriais tem tido uma forte influência e controle por parte das FARC, configurando-se uma fronteira de colonização da Amazônia colombiana. Tal fenômeno tem produzido grande atenção e preocupação pública, tendo em vista suas implicações ambientais. Porém, não tem-se analisado suficientemente suas causas e consequências sociais, as quais permitem compreender um conflito com profundas raízes na história recente do conflito político armado desta nação, e com evidentes conexões com os poderes políticos e econômicos, que tentam impor uma projeção e uma gestão particular do espaço e da sociedade, fazendo com que todo o fenômeno atinja uma dimensão territorial mais complexa. Este artigo tem por objetivo argumentar como esse processo de transformação responde a uma lógica de reterritorialização do espaço, que tenta estabelecer uma hegemonia para o articular as dinâmicas econômicas da nação, e por essa via, atingir seu controle político.
RESUMEN: Desde el año 2016, después de las negociaciones de paz entre el Estado colombiano y las
Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-FARC, en este país se viene presentando un aumento de la deforestación, concentrado en el noroeste de su región Amazónica, en donde las dinámicas territoriales han tenido una fuerte influencia y control por parte de las FARC, y que se ha configurado como una frontera de colonización de la amazonia colombiana. Dicho fenómeno ha producido gran atención y preocupación pública, dadas sus implicaciones ambientales, sin analizar suficientemente sus causas y consecuencias sociales, las cuales permiten comprender un conflicto con profundas raíces en la historia reciente del conflicto armado de esta nación, y con evidentes conexiones con poderes políticos y económicos, que intentan imponer una proyección y un manejo particular del espacio y la sociedad, haciendo que todo este fenómeno alcance una dimensión territorial más compleja. Este artículo tiene por objetivo argumentar cómo ese proceso de transformación responde a una lógica de reterritorialización del espacio, que procura establecer una hegemonía para articularlo a las dinámicas económicas de la nación y, por esta vía, alcanzar su control político.