Descripción:
A presente pesquisa se apóia no conceito de gênero e na construção do processo
de feminização do magistério em Pernambuco.
No início do século XIX a mulher se preparava apenas para ser esposa, dona-decasa
e mãe tanto que ao surgirem, as primeiras escolas normais recebiam como alunos
apenas homens. As mulheres ainda não tinham acesso a elas embora já lecionassem.
Não podemos esquecer, entretanto, que sempre existiram mulheres que reivindicaram
seus direitos.
As transformações econômicas e sociais, o processo de industrialização e
urbanização do país que consolidaram um novo tipo de sociedade na qual a escola
básica era necessária, o novo discurso sobre a infância e a maior importância dada às
mães mudam a situação.
O discurso que antes negava às mulheres o acesso ao estudo, modifica-se e
apresenta-as agora como possuidoras de características femininas que as indicam para
o magistério. O magistério exige o cuidado de crianças e a professora passa a ser vista
como uma segunda mãe. A relação magistério-domesticidade é construída
As escolas normais (entre elas a Escola Normal Oficial de Pernambuco) se abrem
então às mulheres. Entretanto, alunas e alunos não se misturavam nas salas de aula.
Havia também diferença nos currículos de ambos os sexos, pois no das alunas
constavam disciplinas consideradas femininas.
Mas o número de homens vai decrescendo enquanto aumenta o número de
mulheres que se tornam maioria nas escolas normais. Era o magistério se feminizando