O texto apresenta as linhas gerais da argumentação do sociólogo alemão Hartmut Rosa sobre a aceleração social e os processos de transformação das estruturas temporais na modernidade tardia. Ao descrever as implicações do tempo na compreensão sociológica das sociedades contemporâneas, Rosa defende a necessidade de reconhecimento de um paradoxo inerente ao processo de modernização: quanto mais o avanço tecnológico facilita o desenvolvimento de atividades cotidianas e nos permite acumular tempo, cada vez dispomos de menos de tempo. Os níveis de afetação deste paradoxo nas dinâmicas cotidianas da vida social são diversos, chegando ao extremo do que o pesquisador define como “paralisia frenética”. Discute-se as particularidades da obra e apresenta-se as suas contribuições centrais aos pesquisadores interessados no debate sobre modernização e sociedade pelo viés das teorias sociais.