Descripción:
A produção do espaço rural brasileiro pelo capital confronta a produção do moderno e tecnificado, via agricultura capitalista nos territórios da opulência, e a agricultura camponesa empobrecida pela dependência e monopolização de sua produção. O presente trabalho objetiva analisar as contradições nos discursos da modernização e do desenvolvimento para o campo. Para tanto, o ponto de partida é desenhado pelo surgimento do mercado fundiário no Brasil com a Lei de Terras de 1850, quando garante caminhos para a territorialização e a monopolização da produção pelo capital para sua reprodução ampliada capitalizando a renda da terra. A resultante é a configuração de um campo que alimenta não ser, necessariamente, o campo da riqueza. A sujeição da terra e da produção camponesa retira as condições mínimas de sua reprodução, como caminho, jovens filhos de camponeses tornam-se sobrantes, móveis e andarilhos seguindo a trilha dos imperativos do capital, ao mesmo tempo em que buscam formas de resistência.Palavras-chaves: Modernização no Campo, Estado, Capital, Resistência.