O processo de mecanização da atividade canavieira no Brasil tem corroborado a elevação da produtividade e, ao mesmo tempo, acentuado a redução de postos de trabalho, bem como demandado uma mão de obra mais especializada para o setor. Este estudo tem como objetivo analisar o emprego formal no cultivo da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro, no período de 2000 a 2010. Para tanto, faz-se uma revisão de literatura acerca do tema exposto e em seguida, uma análise empírica dos dados secundários obtidos junto à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Os resultados mostram que a produtividade por área cultivada não apresenta grandes variações no período, o que pode ser atribuído a fatores climáticos, assim como à qualidade do solo. Em relação ao mercado de trabalho agropecuário, viu-se elevar-se o número de postos de trabalho no período analisado. Porém, no cultivo da cana-de- açúcar, as principais estatísticas mostram redução quando comparados entre si os anos em questão. Além disso, registrou-se elevado nível de rotatividade, o que denota uma atividade sazonal para o mercado de trabalho regional com baixos salários e poucos anos de estudo da mão de obra, com melhora relativa no último ano. Palavras chave: Mercado de trabalho, Nordeste, cultivo de cana de açúcar.