As mudanças no mundo do trabalho, engendradas pela crise estrutural do capital das últimas décadas, têm profundos rebatimentos no espaço geográfico em suas diferentes escalas. A lógica de produção contemporânea é essencialmente contraditória e se espacializa no campo e na cidade a partir de diversas formas de trabalho, sobretudo informalizadas. Esta pesquisa revela que os “excluídos e supérfluos” do processo de exploração do trabalho no capitalismo não são privilegiados, mas desempregados relegados à condição de privação e de pobreza, colocados à margem do processo de garantias da legislação do trabalho e se inserem em trabalhos precários baseados no subemprego e informalidade. Logo, a forma de exclusão do mercado de trabalho formal é funcional ao capital para sua inclusão de forma precarizada. É justamente esta dimensão do trabalho que foi analisada em Itabaiana/SE, notadamente na feira, nos vendedores ambulantes do comércio da cidade.Palavras-chave: informalidade; precarização; reestruturação produtiva e trabalho.