A presente comunicação objetiva discutir o fortalecimento da especulação imobiliária e a promoção da desigualdade socioespacial na cidade de Sobral, a partir da atuação de dois principais agentes modeladores do espaço urbano: os promotores imobiliários e o Estado. Com pretensão ao alcance deste objetivo, além de um aporte teórico local já materializado por Rodrigues & Holanda (2012), Assis (2010), e Maria Júnior & Holanda (2010), a discussão e os resultados da pesquisa são complementados por análises documentais junto à prefeitura, empresas imobiliárias e sujeitos envolvidos em tal dinâmica. O arremate teórico da pesquisa é possibilitado com a prática empírica, através de visitação/investigação in loco. A promoção desta discussão revela não só um novo conteúdo urbano que vem se sobrepondo às cidades médias, particularmente, as sertanejas cearenses, como também evidencia diferentes impactos sobre sua população. Nessa possibilidade, na cidade Sobral, notadamente, o solo urbano é fortemente transformado e organizado por uma dinâmica imobiliária que estreita laços com a evolução econômica da cidade, consagrando diferentes condições do acesso, uso e apropriação, via moradias e processo de urbanização. Essas condições evidenciam para além de seu formato urbano, também segregador, a exaltação de uma forte mercantilização de moradia da/na cidade.   Palavras-chave: Cidade média; Sobral; Solo urbano.