Descripción:
Este artigo apresenta uma reflexão sobre as trocas e intercâmbios culturais no sul de Mato Grosso, região fronteiriça com o Paraguai e Bolívia. Como corredor, ponto de passagem, de convivência e de troca de experiências a região tornou-se o lugar da heterogeneidade. O Estado sempre procurou nacionalizar e integrar a fronteira oeste à Nação, porém, na década de 40, esta ainda era representada como desnacionalizada, isolada e múltipla. O livre trânsito fronteiriço, a preponderância cultural dos paraguaios e a fluidez do Estado eram apontados como os principais problemas à segurança e soberania nacional. Discursos como esses respaldavam atitudes xenófobas e autoritárias para integrar definitivamente a região ao corpo daNação da qual estaria segregada.