Descripción:
O artigo busca analisar, através de dois eixos interpretativos distintos e ao mesmo tempo imbricados, o discurso intelectual paranaense sobre o “Outro” no Conflito do Contestado (1912-1916) e as relações entre a violência e a formação de um senso de justiça popular no Sudoeste do Paraná. Para tanto, a relação estabelecida entre a constituição da “violência efetiva” e da “violência discursiva” intelectual durante toda a ocupação populacional dessa região é o ponto de partida para uma perspectiva de análise comparativa entre as “duas regiões”. Essa perspectiva é capaz de dar um outro olhar à história da região, para além da disputa pela terra, sua ocupação e o conflito eminente (Contestado) entre duas concepções de mundo conflitantes e constitutivas de relações de poder até então pouco contempladas pela historiografia, tanto paranaense quanto catarinense, em torno de acontecimentos afirmativos de sua memória e identidade.