Este artigo se propõe a pensar práticas libertárias de educação e de enfrentamento das estruturas não apenas machistas como ainda classistas e racistas. Para tanto, promove o encontro das mulheres brasileiras: Bruna Rocha, Carla Carvalho, Cecília Dias de Oliveira, Ilza Aparecida Fortes e Maria da Penha Silva pela prosa da repórter Karla Maria com as trajetórias de Antonieta de Barros, Esperança Garcia e Maria Firmina dos Reis, apresentadas pela escritora Jarid Arraes. O fato dessas histórias de vida figurarem o que Karla Maria denomina de periferias existenciais deu lastro teórico-metodológico à pesquisa que levou em conta o combate ao epistemicídio (Sueli Carneiro) do qual elas foram vítimas, valendo-se ainda das ideias de interseccionalidade (Angela Davis), linguagem como ação (Audre Lorde) e Outro do Outro (Djamila Ribeiro e Grada Kilomba).
This article aims the reflection on libertarian practices of education to facing on structures that are not only sexist but racist and classist as well. Therefore, we had joined five Brazilian women life stories –Bruna Rocha, Carla Carvalho, Cecília Diasde Oliveira, Ilza Aparecida Fortes e Maria da Penha Silva –introduced by the reporter Karla Maria’s text, combined with those of Antonieta de Barros, Esperança Garcia and Maria Firmina dos Reis, introduced to us by the writer Jarid Arraes. These life stories represent what Karla Maria called existential peripheries providing a theoretical-methodological basisfor the research on the struggle against epistemicide (Sueli Carneiro) that victimized them, also applying the idea of intersectionality (Angela Davis), language as an action (Audre Lorde) and The Other’s Other (Djamila Ribeiro and Grada Kilomba).