Este artigo refletirá sobre a contribuição dos feminismos como lente de leitura da realidade e como estratégia de luta emancipadora à cidadania de mulheres na sua pluralidade: cis, trans, lésbicas, negras, ameríndias, latinas, jovens, adultas, idosas, etc. A cidadania feminina será pensada a partir de diferentes matizes e matrizes teóricas do feminismo, do clássico ao contemporâneo: o pensamento feminista sufragista, protagonizado principalmente pelas francesas; o pensamento feminista russo, em especial o socialista, que põe em evidência as demandas das mulheres trabalhadoras; o feminismo interseccional e o feminismo descolonial, que inserem também a raça/etnia, a sexualidade e a origem territorial geopolítica norte/sul no centro do debate feminista, interpelando uma suposta universalidade feminina (branca, eurocentrada, heteronormativa).
This article will reflect on the contribution of feminisms as a lens for reading reality and as an emancipatory struggle strategy to the citizenship of women in their plurality: cis, trans, lesbians, blacks, amerindians, latinas, young people, adults, elderly, among other social markers.Female citizenship will be thought from different hues and theoretical matrixes of feminism, from classic to contemporary: suffragist feminist thinking, mainly by the French; Russian feminist thinking, especially socialist thinking, which highlights the demands of working women; intersectional feminism and decolonial feminism, which also insert race / ethnicity, sexuality and the north / south geopolitical territorial origin at the center of the feminist debate, challenging a supposed female universality (white, Eurocentered, heteronormative).