Este artigo reflete sobre a morte e seus lugares de memória e sobre o suicídio cercado de tabus e silenciamentos. Discorre sobre um conjunto de práticas comuns a respeito do que lembrar e do que esquecer para determinada sociedade, sem deixar de lado a problematização sobre toda sociedade ter também memórias subterrâneas e memórias proibidas. Narrativas de testemunhas de inquéritos policiais sobre suicídios do final do século XIX e início do século XX em Castro/PR são utilizadas como exemplos de ‘não lembrar’, ‘não dizer’, para não constituir uma memória que justifique um ato suicida. Nesses documentos policiais se destacam também distinções sociais de gênero que serão problematizadas.
This article reflects on death, its places of memory and about suicide, surrounded by taboos and silencing. It discusses a set of common practices regarding what to remember, and what to forget, for a certain society, without neglecting the problematization of every society also having its subterranean memories and forbidden memories. Narratives of witnesses to police inquiries into suicides of the late nineteenth and early twentieth century’s in Castro / PR are used as examples of ‘not remembering’, ‘not saying’, so as not constitute a memory with like a justifying a suicidal act. In these police documents, there are also social gender distinctions that will be problematized.