O trabalho consiste em uma análise de editoriais do jornal O Globo que comentavam a questão das cotas raciais no acesso ao ensino superior público no Brasil. A partir de uma leitura densa do material do jornal entre os anos de 2003 e 2012, destacam-se aqui os argumentos mais recorrentes utilizados pelo jornal na sua posição contrária à Lei de Cotas, encaminhada pelo governo federal e sancionada em 2012 por Dilma Rousseff. Ao final, é feita uma reflexão sobre os usos do passado pelos meios de comunicação, questão que é crucial para os historiadores que se dedicam ao estudo da imprensa no tempo presente.
This paper consists on an analysis of newspaper editorials from O Globo on the issue of racial affirmative actions in the access towards public universities in Brazil. Through a deep immersion on the material of that newspaper between the years of 2003 and 2012, we highlight the most recurrent pleas the newspaper published against the racial affirmative actions Law, which was forwarded by the federal government and approved by Dilma Roussef in 2012. Finally, we make a reflection on the uses of the past by the means of communication, a topic that is fundamental for the historians who study the press in the present time.