A história da capitania dos Ilhéus despertou nos últimos trinta anos a atenção de muitos historiadores. Porém, a maioria dos autores ainda insistem na perspectiva de que o insucesso da lavoura a açucareira tenha representado o completo fracasso econômico dessa donatária. Nossa perspectiva, pelo contrário, insiste que o não desenvolvimento dessa cultura não significou um estado crônico de miséria e isolamento para todo o seu território. Pelo contrário, a necessidade de manter um polo produtor de alimentos próximos às zonas agroexportadoras levou a administração colonial a tomar uma série de medidas no intuito de evitar a expansão dos engenhos e das lavouras de tabaco na capitania, ao mesmo tempo em que orientava os colonos, inclusive com medidas radicalmente opressivas, para a produção da mandioca.