The qualifications for employment within the modern microelectronic-based, automated systems can be understood as a negation of the Marxist claim that work would come to demand less skill as technology developed. This paper attempts to criticize this interpretation by seeking the workdeskilling concept in the writings of Marx himself. The result is the proposition that that which is observed in the modern factory--that is, the radical dispensability of living work--really mirrors work deskilling according to Marx. The more usual idea of work deskilling, attributed erroneously to Marx, is in reality Smithian in nature. Based on this analysis, a critical analysis is made of Labor and Monopoly Capital by Braverman, which has become accepted as the definitive interpretation of the ideas of Marx on the subject. The sole cause for confusion arising from equating the Marxist and Smithian analyses concerning technology and work should be attributed to an incorrect understanding of Taylorism and Fordism. Here we propose that recent technological developments in reality signify an end to the mistake of equating Marx with Smith, and also indicate the great relevance of Marx today.
Os requerimentos de qualificação para o trabalho nos modernos sistemas produtivos automatizados sob base microeletrônica podem ser tomados como negação da colocação marxista de crescente desqualificação do trabalho ao longo do desenvolvimento tecnológico. Procura-se neste trabalho fazer uma crítica a essa visão, através de uma busca ao conceito de desqualificação do trabalho em Marx. Ao realizar essa busca, e ao trazer a reflexão para o momento presente, chega-se à proposição de que o que se observa na fábrica moderna, ou seja, a radicalização da prescindibilidade do trabalho vivo imediato, é na verdade um reflexo da desqualificação desse trabalho sob o conceito de Marx. A concepção mais usual de desqualificação, atribuída erroneamente a Marx, é, na realidade, de caráter smithiano. Sob esse prisma, é feita uma análise crítica de Trabalho e capital monopolista, de Braverman, que passou a ser visto como a interpretação por excelência das idéias de Marx sobre o tema. Toda a responsabilidade pelo equívoco teórico de equiparar as análises de Marx e Smith sobre tecnologia e trabalho deve ser atribuída à incorreta compreensão da natureza do taylorismo-fordismo. Propõe-se aqui que o desenvolvimento tecnológico recente colocou fim ao equívoco da equiparação Marx-Smith, e forneceu grande atualidade à análise de Marx.