Descripción:
O pensamento autoritário brasileiro estabeleceu uma dicotomia entre teoria e empiria como fontes de conhecimento para a prática política. Assim, autores como Alberto Torres, Oliveira Vianna e Azevedo Amaral criticavam todas formas de idealismos, em favor de um realismo segundo o qual era preciso dizer "o que é" o país para definir o "dever-ser", captando fatores imutáveis e permanentes subjacentes à história do Brasil. Desse modo, para Vianna, a quebra da cadeia de continuidade não leva ao progresso. Todavia, a idéia de que é preciso progredir e evoluir, mesmo que respeitando os fatores determinantes e perenes, se faz presente. Nota-se uma tensão entre conservação e renovação, tradição e ruptura que caracteriza essa política, pretensamente realista, como produto mimético.