Descripción:
Este artigo pretende explorar o caso etnográfico em que um espaço, uma cidade, ganhou identidade calcada numa simbólica do sofrimento, estreitamente ligada ao ethos tradicional católico e camponês, que ainda parece resistir ao processo de urbanização/globalização. Juazeiro do Norte é conhecida como a Terra da Mãe de Deus, terra de misericórdia, do compadecimento. O que se destaca aqui é que, para além do evento “milagre do Juazeiro”, o processo identitário do lugar se faz por meio de práticas religiosas que constituem a atualização ‘ritualística’ de imagens bíblicas.