Descripción:
Este artigo revisita considerações convergentes de Arendt e Foucault sobre a (bio)politica moderna e da entrada da vida biológica na politica. As apreciações influentes de Agamben sobre essas ideias são rejeitadas como uma distorção, tanto porque ele des-historiciza a vida biológica/orgânica como porque obstrui a positividade desta vida e assim o apelo a biopolítica. A genealogia de Arendt e as próprias ideias de Foucault permitem-nos ver que o principal ponto de convergência em seus pensamentos e a insistência na compreensão do pensamento biológico a partir de dentro, em termos de sua positividade. A avaliação de Agamben sobre a politica moderna esta mais perto de Arendt do que de Foucault, e isto marca um fascinante ponto de desacordo entre Arendt e Foucault. Considerando que Arendt vê a forca normalizadora da sociedade moderna como em total oposição a individualidade, Foucault postula totalização e individuação como processos de normatização, o que lança uma luz sobre a importância relativa que tem sobre a politica e a ética.