Descripción:
As manifestações culturais marginais do século XX foram capturadas e transformadas em mercadoria. A aceleração do tempo de giro do consumo e a superação das barreiras espaciais fizeram com que a produção de imagens e sistemas de signos se tornasse a “mercadoria” ideal para a acumulação do capital, seja ela conformista ou “subversiva”. Na atual conjuntura, qualquer “novidade” já surge obsoleta, como resultado de uma corrida frenética e infrutífera contra um mercado inelutável que transforma tudo em mercadoria. Mesmo atitudes, experiências ou ações artísticas ditas “marginais” são anuladas rapidamente por meio da corporificação e mercantilização da obra e do artista, ou esvaziadas por meio de sua espetacularização. Qual seria o sentido do termo “arte revolucionária” num sistema em que o marketing se confunde com a arte? Como adotar uma posição revolucionária nesse sistema que tudo devora, digere e regurgita em proveito próprio?