On November 5, 2015, the Fundão Dam, property of Samarco (Vale/BHP Billiton) broke, leaving 19 dead, thousands of victims and evidence of destruction all along the Rio Doce basin. Based on that catastrophic event, we attempt to understand the modus operandi of the corporations responsible for the crisis. We conclude that the mining companies have managed the disaster by privileging institutional and judicial arrangements. Those arrangements reveal an “unprecedented” and ambitious economic program that inaugurates the rise of disaster capitalism in Brazil.
Em cinco de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de Fundão, de propriedade da Samarco (Vale/BHP Billiton), rompeu, deixando 19 mortos, milhares de atingidos e um rastro de destruição ao longo da Bacia do Rio Doce. A partir desse contexto catastrófico, objetivamos compreender o modus operandi acionado pelas corporações responsáveis para gerir a crise provocada. Concluímos que as mineradoras têm administrado o desastre sob um leque de estratégias que privilegiam arranjos institucionais e judiciais. Tais arranjos revelam um “inédito” e ambicioso programa econômico que inaugura a ascensão do capitalismo de desastres no Brasil.