The article analyses three museums – the Muzeum Romské Kultury in Czech Republic, the Muzej Romské Kulture in Serbia, and the Roma Ethnographic Museum in Poland – can be considered as elements of the Romani Nationalism. The main objective is to reflect on how these museums support a broad narrative about a common Indian origin of Gypsy/Romani populations. It is discussed how the aforementioned museums – by means of their exhibitions, websites, events or other any kind of official production – support sets of representations which allow a formation of an umbrella rhetoric about the groups known, taken and self-ascribed as Gypsies and/or Roma. The said rhetoric, then, is able to shelter all different groups within this population in a holistic manner, based on a narrative formed by essentializations, exoticizations and generalizations. The utmost layer of such practices it is an elaboration of a founding myth of their Indian Origins. This paper understands throughout that museums have a role in the process in which the concept of Roma is generalized in an attempt to rewrite and relabel Gypsy memory as a Roma history. Hence, considering the plurality that characterise the Gypsy/Romani people, it was necessary to articulate common aspects – whether truthful or not, is not the target of this article to discuss – which would legitimise this new identity, a Roma identity. This paper relies on the theories about memory, museology, sociomuseology, and the theory of representations.
Key-words: Gypsy/Roma; Museums; Indian Origins; Nationalism.
O artigo analisa três museus – o Muzeum Romské Kultury na República Tcheca, o Muzej Romské Kulture na Sérvia e o Roma Ethnographic Museum na Polônia – podem ser considerados como elementos do nacionalismo romani. O principal objetivo é refletir sobre como esses museus apoiam uma narrativa generalista acerca de uma origem indiana comum às populações ciganas/romani. Discute-se ainda como os museus mencionados – por meio de suas exposições, sites, eventos ou qualquer outro tipo de produção oficial – dão suporte a um conjuntos de representações que permitem a formação de uma retórica guarda-chuva sobre os grupos conhecidos, considerados e auto-denominados como ciganos e/ou roma. Esta retórica, então, é capaz de abrigar todos os diferentes grupos dentro dessa denominação de maneira holística, com base em uma narrativa formada por essencializações, exotizações e generalizações. O resultado último de tais práticas é a formação de um mito fundador de suas origens indianas. Este artigo entende que os museus têm um papel no processo em que o conceito de Roma é generalizado, na tentativa de reescrever e recriar a memória cigana como história romani. Assim, considerando a pluralidade que caracteriza os povos cigano/romani, foi necessário articular aspectos comuns – verdadeiros ou não, não é alvo deste artigo para discutir – que legitimariam essa nova identidade, uma identidade romani. Este artigo baseia-se em teorias sobre memória, museologia, sociomuseologia e na teoria das representações.
Palavras-chave: Cigano/Roma, Museus, Origens Indianas, Nacionalismo.