The rains of January 2011 in the mountainous region of Rio de Janeiro State triggered a process of a high-impact disaster within multiple dimensions, such as social, economic and institutional. The interpretation of such occurrence would not rely in their “natural” characteristics, such as its high rainfall or the mountainous relief, but in the encounter of these with development patterns and the specific conditions of existing vulnerabilities. In this article we dialogue with the concepts of vulnerability, disasters and environmental justice to assess the populations at risk in the affected municipalities and to reflect on some of the processes triggered by the disaster. Considering Daniel Hogan’s contributions in the field of vulnerability, the article considers that the vulnerability to disaster risk is the product of the complex relationship between society and nature, being a crucial concept for the comprehension of disaster and environmental justice.
Las lluvias en la región montañosa de Río de Janeiro en enero de 2011 desencadenaron el proceso de un desastre con alto impacto social, económico e institucional. La interpretación de tal ocurrencia no estaría en las características “naturales” de la región, como sus elevadas precipitaciones o relieve montañoso, sino en el encuentro de estas con los patrones de desarrollo y las condiciones específicas de las vulnerabilidad existentes. En este trabajo, a partir del diálogo entre vulnerabilidad, desastres y justicia ambiental, se analiza el perfil de la población en riesgo en los municipios afectados y algunos de los procesos desencadenados por tal desastre. Considerando los aportes de Daniel Hogan en el campo de la vulnerabilidad, el artículo parte de la perspectiva de que la vulnerabilidad al riesgo de desastres es producto de la compleja relación entre sociedad y naturaleza, siendo un concepto crucial para la comprensión del desastre y de la justicia ambiental.
As chuvas ocorridas em janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro deflagraram o processo de um desastre com elevado impacto social, econômico e institucional. Neste artigo, a partir do diálogo entre vulnerabilidade, desastres e justiça ambiental, reiteramos que a interpretação de tal ocorrência não estaria nas suas características “naturais”, seja pela pluviometria ou no seu relevo, mas sim no encontro dessas com padrões de desenvolvimento, de uma forma ampla, e as condições de vulnerabilidades existentes. Reitera-se a perspectiva de que a vulnerabilidade ao risco de desastre é produto da complexa relação sociedade e natureza, sendo um conceito crucial para a compreensão do desastre e da justiça ambiental, sendo que as contribuições de Daniel Hogan foram centrais para o desenvolvimento dessa área, especialmente no caso brasileiro. Como resultados, indicamos que o desastre ocorreu em uma região com existência de populações vivendo em áreas de risco de forma ampla, tendo desencadeado processos que se desdobraram tanto institucionalmente como após os eventos de 2011.