Descripción:
A pesquisa etnográfica de Mary Douglas (1921-2007) no Congo Belga é pouco estudada no conjunto de sua obra, ainda que tenha sido crucial para sua formação intelectual. Meu objetivo é analisar os problemas enfrentados por Douglas em sua tentativa de inserção no campo britânico dos estudos africanistas, entre as décadas de 1940 e 1960, decorrentes principalmente de sua relação com outros antropólogos já estabelecidos, como Max Gluckman. Pretendo fornecer elementos que tracem hipóteses sobre a forma como as narrativas de marginalidade e os mecanismos de prestígio produziram efeitos na trajetória acadêmica da antropóloga.