O artigo discute os processos derivados da apropriação da Serra de Ibitipoca por demandas urbanas, via turismo – enfocando o movimento processual de transformação de espaços até então caracterizados por atividades agrícolas de subsistência e peculiares formas de organização social. São analisadas as tensões desencadeadas pela chegada de novos atores sociais ao lugar, engendrando, assim, uma série de conflitos entre os recém-chegados “forasteiros” e a população rural já estabelecida na região – os chamados “nativos”. Têm-se no modelo teórico de Norbert Elias – o modelo das figurações sociais – como paradigma a nortear o estudo. Por conseguinte, demonstra-se como ambos os grupos disputam para si as posições de poder mais elevado, delineando estratégias de distinção social e disputas que envolvem tais relações. As mudanças observadas refletem o “rural” de Ibitipoca como espaço de (des)encontro entre temporalidades distintas, onde variados atores projetam diferentes representações, interesses e valores.
This article discusses the processes occurred from the appropriation of Serra do Ibitipoca by urban demands, via tourism – focusing on the transformation of the spaces which were until then characterized by traditional agricultural activities and peculiar forms of social organization. It analyzes the tensions brought up by the arrival of the new social actors to the area, which caused a series of conflicts between the new come outsiders and the peasants – who has been established in the region for decades. Norbert Elias’ theoretical model – “Social Figurative Model” - is then adopted in order to guide this study. Therefore, the article demonstrates how both groups dispute for the achievement of higher power positions, defining strategies of social distinction and disputes involving those relations. The changes witnessed reflect Ibitipoca’s rural area as the place of the encounter of distinct temporalities, where the various actors exhibit distinct representations, interests and values.
El artículo investiga los procesos derivados de la apropiación de la Serra de Ibitipoca por necesidades urbanas, via turismo - destacando el movimiento procesual de transformación de espacios, hasta entonces caracterizados por actividades agrícolas de subsistencia y distintas formas de organización social. Son analisadas las tensiones desencadenadas por la llegada de nuevos actores sociales al sitio, engendrando, así, una série de conflitos entre los recién-llegados "forasteros" y la población rural que hace decadas estava establecida en la región - los llamados "nativos". El modelo teórico de Norbert Elias - modelo de las figuraciones sociales - se posiciona como paradigma a nortear el estudio. Por consecuencia, se demonstra como ambos los grupos disputan para si mismo las posiciones de poder mas elevado, delineando estrategias de distinción social y contiendas que arrollan dichas relacciones. Los cambios observados reflejan el "rural" de Ibitipoca como espacio de (des)encuentro de temporalidades distintas, donde varios actores proyectan diferentes representaciones, intereses y valores.