Este artigo analisa o ponto de vista dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio Integrado dos cursos de Edificações e Mecânica do campus Campos Centro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), sobre a política de cotas fruto da Lei n° 12.711, que reserva 50% das vagas nas universidades públicas e institutos federais de educação para pessoas oriundas de escola pública e autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Através da exposição das opiniões contrárias e a favor da política afirmativa, defenderemos que existe um desconhecimento da relação intrínseca entre racismo e desigualdade de classe, que termina fazendo com que a dimensão reconhecitiva seja desconsiderada como elemento central no Brasil. Assim, o “mito da democracia racial” e da sociedade sem racismo continua a ser reproduzido de forma naturalizada pelas novas gerações, evidenciando a necessidade de combatê-lo nas primeiras séries da vida escolar.