Descripción:
O presente trabalho busca mostrar alguns caminhos que a arte dos subalternizados no Brasil trilhou para contrapor-se e superar na resistência o predomínio dos valores da hegemonia branca burguesa e colonial em detrimento das outras culturas consideradas inferiores. A re-existência da cultura africana deu-se de diferentes maneiras, entre outras, ressignificando a história da África e dos corpos negros em diáspora. Aqui mostraremos como o cinema hegemônico retratou o corpo negro associando-o ao excesso, ao que carece de atributos morais e intelectuais, animalizado e que precisa ser dominado. Na contramão, o corpo negro em diáspora apresentado por cineastas negros numa perspectiva decolononial é um corpo enquanto casa, que fala, que se ressignifica, que produz e socializa conhecimento e que quebra a objetificação e desumanização própria da cultura colonial europeia.