Descripción:
Diamantina, localizada na Serra do Espinhaço, foi um importante centro político e econômico de Minas Gerais. De nativos americanos a exploradores de minérios, muitos foram atraídos para essa região acidentada. Por meio de revisão bibliográfica – que inclui aproximações com a arqueologia, geografia e geologia; a partir da análise de jornais locais e de registros históricos de viajantes e memorialistas que passaram ou viveram na região, o artigo explora aspectos da saúde pública regional considerando suas relações entrelaçadas com o ambiente biofísico da Serra do Espinhaço. Enfocando o discurso relativo à salubridade local em perspectiva histórica e à luz de proposições da História da Saúde e da História Ambiental, o artigo investiga como se consolidou a noção de um sertão de ares sadios – favorecida pelas condições serranas. Para tal, considera, em particular, o aumento da densidade populacional na região em decorrência da atividade mineradora no final do século XVII, avançando até início do século XX, já no contexto republicano. Sob o impulso modernizador desse último período, o histórico sobre os “bons ares” regionais também teve que competir com a imagem de um sertão doente – dada a consolidação gradual do campo microbiológico que revolucionou a compreensão de como as doenças podiam ser transmitidas.