Resumen:
O jovem tem sido foco de atenção de instituições sociais, sejam públicas ou privadas. Nos discursos da sociedade sobre essa população, o jovem aparece associado, mais recentemente, à idéia de inserção nos processos sociais. No campo acadêmico, vê-se uma grande produção de pesquisas e de conhecimento em torno da juventude. Nas produções de conhecimento sobre a juventude, circula um discurso de “preocupação” com relação aos jovens no tocante à sua integração na ordem social, envolvendo a produção econômica e a constituição familiar. Assim, neste artigo, nos remetemos às concepções de juventude que foram sendo veiculadas em diferentes momentos sociais e a como foi se visibilizando um determinado discurso sobre a categoria juventude, articulado à noção de problema. Buscamos discutir a implicação do modo como as práticas psicológicas foram prescrevendo e legitimando esse discurso e como os jovens estão sendo afetados por determinadas práticas sociais presentes no contemporâneo, gerando diferentes formas de subjetivação que, por sua vez, serão pensadas, investidas e implicadas em relações de poder e verdade, sustentadas por saberes, como, por exemplo, o psicológico. Ainda, procuramos evidenciar como esses sujeitos, neste contemporâneo, estão sendo foco de investimento do mercado capitalista como consumidores potenciais.