Descripción:
Neste artigo abordamos o tema do golpe parlamentar no Brasil, em 2016, indagando sobre mudanças na ordem simbólica e consolidação de uma “máquina de guerra”, na perspectiva formulada por Deleuze e Guattari no livro Mil platôs. Nos referimos a uma máquina semiótica, de discursos interconectados e que bem poderia caracterizar a singularidade com se deu o golpe, com a articulação de discursos da mídia, da justiça e do parlamento, de forma conjunta e operando, cada qual a seu modo, a deslegitimação de um governo popular. Particularmente, observamos os efeitos dessa máquina de guerra sobre a temporalidade política, sobre a aceleração dos acontecimentos, conforme também vem sendo abordado em debates contemporâneos, como no Manifesto Aceleracionista e textos como Velocidade e Política, de Paul Virilio e Social Acceleration, de Hartmut Rosa.